sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Hoje não tem Senado

Sem o Senado (você sabe que o fim de semana, em Brasília, tem quatro dias), a sugestão de hoje – para quem está ou vem a São Paulo – é ver a estréia dos Parlapatões (os autênticos) que, pelo menos, são profissionais. O Papa e a Bruxa, com direção de Hugo Possolo, promete, embora o autor garanta que não se discute a fé de ninguém, mas sim o que se faz com ela. Esteban Hernandez e a bispa Sônia - de volta ao país - não deixam dúvidas a respeito. A comédia é de Dario Fo, traduzida por Luca Baldovino e começa às 21 horas, no Espaço Parlapatões, na Praça Roosevelt, 158. No elenco, a antiga trupe dos parlapas (Henrique Stroeter, Raul Barreto), mais:Carmo Murano, Fabek Capreri, Alexandre Bamba, Fernanda Cunha, Hélio Pottes, Guilherme Tomé e Rodrigo Bella Dona, que não se parece com o que o nome indica, mas lembra o cura de aldeia que acredita em Hugo Tognazzi no Amici Miei-1, de Mauro Monicelli, quando os amigos convencem fiéis de que a igreja local será demolida para dar lugar a uma nova carretera.

Obs. Espero que os parlapas não se ofendam comigo, como os pizzaiolos naquele episódio em que o presidente Lula os comparou aos congressistas.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Folha do Estadão

A foto de Celso Jr, da Agência Estado, na capa do Estadão de ontem, faria Roland Barthes (1915-1980) cantarolar no chuveiro: Sarney e um de seus atuais acólitos e ex-inimigos mortais, Fernando Collor, falam mais do que nós profissionais do texto, conseguiríamos, sobre a nuvem negra que paira sobre nossas cabeças há várias semanas. Não podemos nos esquecer desses fatos nas eleições de 2010. Na reputação do PT, coitado, o rombo pode ser pior que o do Mensalão. Por enquanto, a nossa vingança dessa crise é que nos kindles de História do futuro próximo, Sarney e Roberto Jefferson, farão companhia um ao outro, na mesma linha (como aqui). Já a foto do Estadão de ontem (04) e o artigo de Clovis Rossi na Folha de hoje (05) merecem andar juntos. Como esse casamento era impossível, o faço aqui, para ver como um ficaria ao lado do outro. E para não ficar só no elogio à nobre senhora, por que a Globo não revelou, em seu noticiário de hoje (05) a marca da “indústria automotiva” invadida há pouco por uma tropa de choque, na Coréia do Sul, para acabar com uma ocupação dos operários que já durava 40 dias, decorrente de um protesto contra demissões? – Teria alguma coisa a ver com a campanha do Kia-Soul veiculada no horário nobre da emissora há alguns dias? – Não creio. Departamentos comercial e redação, nos grandes veículos, funcionam separadamente, justamente para evitar esse tipo de confusão.